sexta-feira, 30 de março de 2012

Vereador Emerson é pré-candidato a prefeito do PMDB de Porto Belo


Vereador Emerson é pré-candidato a prefeito do PMDB de Porto Belo

30/03/2012

Em reunião dos membros da executiva do PMDB de Porto Belo no último dia 28, quarta-feira, foi comunicado pela presidente do partido, Bernadeth Souza Ponciano, que os nomes colocados à disposição para participar das prévias de hoje desistiram de concorrer, permanecendo somente o nome do vereador Emerson Stein (PMDB). Com isso, ficaram canceladas as prévias, evidenciando a liderança do vereador Emerson junto à maioria do partido. Neste momento, o nome que desponta como pré-candidato a prefeito pelo PMDB é o do parlamentar.

O vereador Emerson será, a partir de agora, o nome a ser cogitado nas reuniões com outros partidos para uma futura coligação, que será homologada no mês de junho na convenção do partido.

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quinta-feira, 29 de março de 2012

No Rio Grande do Sul, pré-vestibular gratuito oferecido pelo Governo do Estado está com as inscrições abertas


Foto destaque
  • Em 2011, 79 alunos do curso Universidade foram aprovados em vestibulares no RS
Oferecido gratuitamente pela Secretaria da Justiça e dos Direitos Humanos do Rio Grande do Sul (SJDH), o curso preparatório para vestibulares e Enem Universidade Já está com o processo seletivo 2012 aberto. As inscrições são feitas através do site http://www.universidadejars.com.br/e se encerram no dia 30 de março. O candidato deverá enviar os documentos necessários pelos Correios ou pessoalmente nos endereços e horários descritos no edital, também encontrados no site do curso.

O POD Pré-vestibular faz parte do Programa de Oportunidades e Direitos (POD) da SJDH e oferecerá 350 vagas para a unidade de Porto Alegre e 100 para a de Santa Maria. Na Capital, as aulas irão ocorrer no Auditório da SJDH, no bairro Cidade Baixa, próximo ao Colégio Pão dos Pobres, nos turnos tarde e noite. Já na cidade da Região Central, os alunos terão aulas na Escola Estadual Cilon Rosa, somente no período noturno.

Podem se inscrever os estudantes que estão cursando o terceiro ano ou tenham concluído o Ensino Médio em escola pública, sem terem ingressado na universidade. É preciso ter disponibilidade para frequentar as aulas de segunda a sexta-feira, à tarde ou à noite, conforme a escolha do candidato.

Os critérios de seleção são o histórico escolar do Ensino Médio e a renda socioeconômica familiar. Os dados são avaliados e quem tem as melhores notas e comprovadamente menor condição de pagar um curso particular tem preferência para a vaga. Não é aplicada prova. O resultado dos selecionados será divulgado no site a partir do dia 18 de abril e as aulas têm início em 25 de abril de 2012.

Implantado em outubro de 2011 nas duas cidades, o Universidade Já obteve 33% de aprovação no vestibular da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), uma média significativa para o primeiro ano do curso. Já na unidade do centro do Estado, 23 estudantes garantiram vaga na Universidade Federal de Santa Maria (UFSM). Vale dizer que a cada dois alunos que prestaram vestibular, um foi aprovado, atingindo um percentual de 47%.

No total, foram 79 alunos do curso Universidade Já aprovados entre Enem (Exame Nacional do Ensino Médio), SiSU (Sistema de Seleção Unificado do MEC), Bolsa ProUni, IFF (Instituto Federal Farroupilha), UFSM e UFRGS.

O curso é ministrado pelo Núcleo de Educação Inclusiva da Fundação de Amparo à Pesquisa e Extensão Universitária (Fapeu) e coordenado pelos idealizadores do projeto Jessé Quevedo e Otavio Auler.

Texto: Gabriel Gabardo
Foto: Juliana Lopes
Edição: Redação Secom (51)3210-4305



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Jovens buscam seu espaço em Porto Belo



Adolescentes da Escola de Educação Básica Tiradentes de Porto Belo participaram na sexta-feira (23) de uma Reunião do Conselho Municipal de Direitos da Criança e do Adolescente (CMDCA). O encontro teve como objetivo realizar a preparatória para a Conferência Regional, que aconteceu ontem (27), em Itajaí. A reunião aconteceu com a intenção de debater propostas relacionadas pelos adolescentes e pela comunidade de Porto Belo na Conferência Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente em 2011.

Dentre os assuntos discutidos estavam o protagonismo juvenil e cursos profissionalizantes. O primeiro relacionado à participação cidadã dos adolescentes na sociedade e, para este, o CMDCA propôs aos adolescentes um curso de capacitação, que contará com noções do Estatuto da Criança e Adolescente, Comunicação e Teatro. Os adolescentes inclusive já iniciaram sua participação, já que o curso está sob a avaliação do grupo que participou da Conferência no ano passado.

Quanto aos cursos profissionalizantes, o CMDCA, o SENAI de Tijucas e a Secretaria de Educação de Porto Belo realizaram parceria para dar oportunidade a cerca de 50 adolescentes em cursos profissionalizantes junto ao SENAI. Deste total de adolescentes, 37 já realizam cursos de Aprendizagem Industrial, de Suporte e Manutenção em Microcomputadores e Redes Locais, de Eletrecista de Manutenção, de Ceramista, cursos Técnicos de Manutenção e Suporte em Informática, de Segurança do Trabalho, Redes de Computadores, em Eletrotécnica e Eletromecânica.

Capacitação para os jovens

Na quinta-feira (22), o Conselho Municipal de Direitos, representado pelo seu coordenador Evaldo Guerreiro e por sua coordenadora adjunta Josiane Bezerra, junto com o Secretário de Educação, Fernando Schaefler, e a Coordenadora de Conselhos, Scharlene Ritzel, reuniram-se com representantes do SENAI de Tijucas com a intenção de aperfeiçoar o sistema de seleção de adolescentes para os cursos técnicos.

Como explicam os representantes do SENAI, a seleção ocorre nos meses de outubro e novembro, podendo participar jovens entre 14 e 24 anos, que estejam cursando a 8ª série e o 2º grau. Os projetos se dividem em cursos de aprendizagem, vinculados ao Programa 1º Emprego do Governo Federal, e cursos técnicos.

O Conselho Municipal de Direitos e o SENAI de Tijucas manifestaram a intenção de realizar ampla divulgação dos cursos e as provas de seleção em Porto Belo, nos meses de outubro e novembro deste ano. Atualmente, as provas acontecem em Tijucas, o que dificulta a participação dos adolescentes.

Além disto, o SENAI colocou a disposição dos adolescentes de Porto Belo mais 11 vagas para o período matutino, para o curso de Aprendizagem Industrial de Suporte e Manutenção de Microcomputadores e Redes Locais.

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segunda-feira, 26 de março de 2012

Vereador Maninho cobra informações sobre convênio com Badesc

Maninho cobra informações sobre convênio com Badesc



Na última sessão da Câmara de Vereadores de Porto Belo, o vereador Estevão Guerreiro, o popular Maninho, do PT, solicitou informações à Prefeitura Municipal quanto ao empréstimo junto ao Banco de Desenvolvimento do Estado de Santa Catarina (Badesc) no valor de R$ 3,2 milhões destinados à pavimentação das Avenidas Atílio Fontana, Governador Celso Ramos (do semáforo até a rótula da Subestação da Celesc), Almirante Fonseca Neves e Hironido Conceição dos Santos (do trecho entre rótula da Almirante Fonseca Neves e a ponte de divisa com Itapema).

Segundo o vereador, a Lei 1903/2011 foi aprovada pela Câmara e sancionada no dia 6 de maio de 2011 e alterada por mais uma vez, no mês de outubro, por exigências do Badesc. No dia 6 de maio de 2011, esse convênio deixou a alçada da Câmara de Vereadores, estando desde então autorizado o referido empréstimo.

O vereador Maninho realizou anteriormente dois requerimentos pedindo cópia do projeto de pavimentação para fiscalizar se as vias contempladas no projeto estavam sendo contempladas com os redutores de velocidade, sinalização a drenagem. Em suas respostas, a Administração informou que o projeto estava em execução.

No entanto, até então o projeto não se iniciou, o que motivou o vereador Maninho a apresentar um novo requerimento buscando informações do motivo do atraso das obras. "Mais uma vez solicito as informações cabíveis tanto para o Município quanto para o Badesc, porque quero saber o que foi feito com todo esse dinheiro que nós aprovamos", disse. "Não podemos perder a oportunidade de melhorar a infraestrutura dos bairros de Perequê, Vila nova e Jardim Dourado, melhorando o potencial de desenvolvimento local", finaliza Maninho.


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sexta-feira, 23 de março de 2012

Curru, o neotucano




Prefeito Curru, de Porto Belo, anunciando saída do PTB e filiação no PSDB, com a expectativa de ocupar a Secretaria de Desenvolvimento Regional ante a saída iminente de Fabrício Oliveira.

O atual Secretário da SDR retorna à Câmara de Vereadores com a possibilidade de ser o candidato a prefeito pelos tucanos, coisa mais ou menos armada para marcar presença, já que nem dentro do seu partido ele é unanimidade como nome preferencial e em condições de competir.

Tá bom. Curru é um cara simpático, os números indicam ter sido um bom prefeito (o Ìndice Firjan de Gestão Fiscal coloca Porto Belo em terceiro lugar em SC como boa administração, abaixo apenas de Bombinhas (2º) e Balneário Camboriú (1º) e não precisaria deixar seu partido para ser Secretário Regional. Segundo ele, a simpatia pelo tucanato vem de longe, acentuando-se com o assédio risonho e franco para tê-lo nas hostes amarelas e azuis. Donde ficamos imaginando o que ele fazia no PTB, partido a que serviu como prefeito até agora.

Se Curru quiser continuar sua trajetória, a SDR não é um bom lugar. Políticos vitoriosos passam longe de lá. É uma máquina e moer político, dadas suas características mais ou menos claras de "Rainha da Inglaterra" - reina, mas não manda nada.  Veja-se o próprio Fabrício, que foi pra lá para se projetar e saiu com seu prestígio e cacife arruinados dentro do próprio PSDB (LEIA AQUI).



    Caro Aderbal, gostaria de parabenizar as palavras do cidadão Emiliano, e ressaltar que o município de Porto Belo, tão destacado pelos jornais da região como a capital catarinense dos transatlânticos, irá receber de herança dos oito anos de gestão do Prefeito Curru, uma cidade sem um terminal rodoviário, obrigando os moradores, turistas e visitantes, a depositarem suas malas, bagagens e pertences no meio da rua. É uma vergonha. Talvez essa, serviria como uma boa pauta, para os órgãos de imprensa da região, checando in loco, presenciarão um verdadeiro desrespeito e uma afronta aos cidadãos do município. Alex Manoel Monteiro - Porto Belo - 21/03/2012
    Aderbal, Conheço bem o Prefeito "Currú", como conheci e convivi com seu pai que também foi prefeito no final da Década de 6O. Aliás, o Currú teve a iniciação pela mão do pai que ficava 24 horas na internet procurando leis e formas de neutralizar o ex-prefeito Sérgio Bielher (PMDB). Foram algumas lutas desvantajosas para o Curru, que quando vereador era um "amante do meio ambiente", chegando ao ponto de plantar mudinhas de plantas na faixa marginal de preservação permanente na beira de rios com as crianças e professores, mas após ganhar as eleições para prefeito, mudou de posição e revelou-se um oposicionista das ongs que defendem o meio ambiente em Porto Belo. Foi durante o seu mandato que ao dragar o destes rios, seus servidores de obras colocaram o bota-fora sobre aquelas mudinhas. Durante quase oito anos de mandato ele nunca criou um órgão ambiental, uma sala, uma divisão, um departamento. Usou o PTB para se eleger e agora deixa órfãos para filiar-se ao PSDB para ocupar a vaga da SDR garantida para os filiados desse partido. Uma pena que neste país, tenhamos políticos que usam partidos para se eleger e depois mudam, como se muda de camisa; mas como disse Frei Betto: "As pessoas quando chegam ao poder, não mudam, apenas se revelam". Agora ele está se revelando um tucano de primeira linhagem. Emiliano - Bombinhas - 20/03/2012
    Emiliano e Alex cobertos de razão. Tenho casa em Perequê, pertencente a Porto Belo, e o que se vê são ruas intransitaveis, esgoto a céu aberto, mato crescendo onde devia estar limpo, lixo nas ruas, não existe sinalização, nada!! Tudo como estava a muitos anos. Uma vergonha. Porto Belo parece que vai continuar a ser aquele lugarzinho que a gente passa para ir a Bombas, Bombinhas etc. Mas o Curru é queridinho da mídia, se articula faz muito tempo com a turma do Pavan, então vai se dar bem, não é? ricardo martins - Camboriu-SC - 21/03/2012
    Alex Manoel Monteiro, você conhece os meandros e os descaminhos desses sete anos e três meses de governo "Currú". Achei muito relevante e procedente a tua colocação, mas chegará o dia que será desmistificada muita coisa. Um governo que inaugura um pier pra embarque e desembarque de passageiros dos navios de cruzeiros, não consegue resolver o lançamento de águas poluídas através de canalização de águas pluviais, a menos de cinquenta metros deste pier e a menos de dez metros da residência do secretário de turismo. Um governo que coloca um semáforo e 14 (número do PTB) de lombadas que vem servindo de vetor para aumentar o tempo dos congestionamentos entre Bombinhas e BR-101. Um governo que permite um carro de lanche noturno em frente a porta principal da unidade de saúde de Porto Belo. Enfim, está chegando a hora de romper e criar uma nova era para promover Porto Belo como uma cidade saudável e sustentável. Emiliano - Bombinhas - 21/03/2012
    Ricardo Martins, esse é o verdadeiro milagre da multiplicação dos "animadores políticos" que muitas vezes vendem um produto para a mídia e mantém outros estragados ao cidadão contribuinte. Isso tem um nome "Efeito Masking" (ou seja, efeito de máscara que engana quem está olhando ou admirando-o). Como dizia Maluf: "Ganha as eleições aquele que mente mais". Emiliano - Bombinhas - 22/03/2012

       http://www.aderbalmachado.com.br/

    terça-feira, 20 de março de 2012

    Curru se filia ao PSDB

    Curru se filia ao PSDB

    Política — By Paulo on março 19, 2012 at 14:08
    Na ultima sexta-feira o prefeito Albert Stadler (Curru), deixou o PTB e se filiou no PDSB. O deputado estadual Dado Cherem que abonou sua ficha, na foto o ex-vereador de Porto Belo, Zeca Serpa, e o presidente da sigla Nino Albertsen. Esta filiação era o que estava faltando para credenciar Curru a assumir a titularidade da SDR em substituição a Fabrício de Oliveira, que deixa a pasta para ser o pré-candidato tucano as eleições deste ano.



    domingo, 18 de março de 2012

    "Privatizar a água é como vender ar em sacos de plástico"


    "Privatizar a água é como vender ar em sacos de plástico"

    A eurodeputada Marisa Matias denunciou no plenário do Parlamento Europeu que os processos de privatização da água que estão ocorrendo nos países europeus fazem utilização de um bem público através de um processo que equivale "a vender ar em sacos de plástico". Resolução da ONU, de 2010, reconhece o direito à água potável como um direito humano e apela aos Estados para que intensifiquem os esforços de modo a garantir a água potável e o seu fornecimento limpo, seguro e acessível.



    Os processos de privatização da água que estão ocorrendo nos países europeus fazem utilização de um bem público através de um processo que equivale "a vender ar em sacos de plástico". A declaração foi feita em Estrasburgo num debate perante a comissária Connie Hedegaard, a propósito do Fórum Mundial da Água, realizado em Marselha.

    Marisa Matias, membro do Grupo da Esquerda Unitária (GUE/NGL) eleita pelo Bloco de Esquerda, tomou como exemplo na sua intervenção a situação em Portugal, onde um recurso público e financiado pelo Estado é privatizado. "É um exemplo claro", disse, "do que fazemos errado: tratar a água como uma mercadoria. Não é uma mercadoria, é um bem público e um recurso escasso; o que se passa é que os povos são obrigados a pagar para ter acesso à água, o que equivale a vender ar em sacos de plástico".

    Nas suas intervenções durante o debate, os eurodeputados do GUE/NGL declararam o apoio ao fórum alternativo sobe a água, que ocorre igualmente em Marselha, e no qual estão em destaque as políticas ambientais para poupar e gerir a água em benefício dos povos e não do lucro.

    Um escândalo na União Europeia
    João Ferreira, deputado do GUE/NGL eleito pelo PCP, lembrou a resolução das Nações Unidas de Junho de 2010 que reconhece o direito à água potável como um dos direitos humanos. "A resolução", recordou, "apela aos Estados e às organizações internacionais para que intensifiquem os esforços de modo a garantir a água potável e o seu fornecimento limpo, seguro, acessível e abordável". O escândalo, assinalou João Ferreira, é que alguns Estados europeus vetaram inicialmente estes cuidados e "abstiveram-se mesmo na votação final". O eurodeputado português concluiu dizendo que "a propriedade pública e a gestão deste recurso precioso é a única maneira de proteger este direito".

    A habitual receita público-privada
    A eurodeputada francesa Marie-Christine Vergiat declarou que "as derivas das parcerias público-privadas são dramáticas nos nossos países, onde a água é cada vez mais cara sem que a qualidade melhore". De acordo com esta representante do GUE/NGL, a União Europeia tem largas responsabilidades nesta situação; ao mesmo tempo felicitou-se pelo facto de numerosas autarquias francesas terem decidido retomar em mãos a gestão da água das suas regiões.


    Tucanos preparam “exército” para enfrentar petistas nas redes sociais

    Tucanos preparam “exército” para enfrentar petistas nas redes sociais


    O presidente estadual do PSDB e da Assembleia Legislativa do Paraná, deputado Valdir Rossoni, participou na última sexta-feira (16), em Pato Branco, região Sudoeste, do lançamento da rede “Mobiliza Paraná”. O evento reuniu cerca de 700 militantes tucanos que atuarão em mídias sociais durante a campanha eleitoral de outubro.
    Rossoni disse que o objetivo do partido é usar a nova ferramenta para integrar a militância tucana através das mídias sociais, a exemplo do microblog Twitter e do Facebook.
    “A tecnologia está aí e precisamos aproveitar o que há de bom. Com a rede tucana mobilizada, teremos condições de levar o nosso propósito a todos os cantos do Estado e mostrar a seriedade das nossas administrações”, afirmou o presidente do PSDB.
    Na prática, os tucanos estão preparando um “exército” para disputar opinião com os petistas na rede mundial de computadores.
    No próximo dia 31 de março, em Curitiba, será a vez do diretório estadual do PT realizar um seminário com ativistas digitais. O evento também focará a militância petista nas eleições de outubro.

    http://www.esmaelmorais.com.br/?p=69725

    “Partido dos Trabalhadores: o partido que ajudei a fundar”

    Olívio Dutra “Partido dos Trabalhadores: o partido que ajudei a fundar”

    O ex-governador e presidente de Honra do PT gaúcho faz uma análise dos caminhos tomados pelo Partido dos Trabalhadores, desde sua fundação que teve como impulso a ideia de que o povo devia ser o sujeito de sua história, até a chegada de Dilma Rousseff a presidência da República.

    Por Olívio Dutra Sempre fui desvinculado organicamente de estruturas políticas antes e, depois, dentro do PT. Não reivindico isso como virtude, mas não é tampouco um defeito, talvez uma limitação. Venho da vertente sindicalista que ajudou a fundar o partido.
    Um balanço do PT, como partido de esquerda, socialista e democrático, tem de vê-lo como parte da luta histórica do povo brasileiro, em especial dos trabalhadores, na busca de ferramentas capazes não só de mexer mas de alterar a estrutura de poder do Estado e sociedade brasileiros marcada por privilégios baseados no enorme poder político, econômico, cultural de uma minoria. O PT nasceu para lutar por uma sociedade sem explorados e sem exploradores e radicalmente democrática.
    Antes do PT, ainda no século XIX, surge o PSB, o primeiro partido de esquerda do Brasil republicano. O movimento operário anarquista das primeiras décadas do século xx era avesso à idéia de um partido. O PC surge em 1922. O PT aparece numa conjuntura de enorme agitação política reprimida por uma ditadura militar, fruto do golpe de 1964 que recompôs as elites contra um populismo que já não controlava mais as lutas sociais.
    Este populismo, iniciado por Vargas e que inspira Jango e Brizola, era dirigido por gente ligada ao latifúndio “esclarecido”, um pouco na tradição dos republicanos gaúchos- Julio de Castilhos, Borges de Medeiros – que compartilhavam a idéia de que política não é para qualquer um, que o povo precisa de alguém que o cuide.
    O PT nasceu com a idéia de que o povo devia ser o sujeito de sua história, o que marcou os seus primeiros passos. Mas, à medida em que conquistou mandatos em vários níveis, a coisa foi ficando“osca”, suas convicções e perspectivas foram perdendo nitidez. Houve uma acomodação na ocupação das máquinas institucionais (inclusive no Judiciário).
    Diante desse processo o PT não se rediscutiu, não discutiu os efeitos dessa adaptação à institucionalidade de um Estado e de uma sociedade que, para serem democráticos, precisam ser radicalmente transformados.
    Assim, o PT cresce quantitativamente – em 2011 temos três vezes mais diretórios municipais, passamos de mil a 3 mil, em função de eleições e do fato de o partido estar no governo federal e em governos estaduais, municipais, além de ter eleito centenas de parlamentares nos três níveis de representação.
    E, bem mais que as idéias ou mesmo o programa, o que mobiliza o partido, ultimamente, são as eleições internas e externas. Somos todos responsáveis por isso: a política como um “toma lá, dá cá”, confundindo-se com negócios, esperteza,e a idéia de tirar proveito pessoal dos cargos públicos conquistados. E tem gente chegando no partido para isso, favorecidos pelo discurso da governabilidade mínima com o máximo de pragmatismo político.
    Mesmo com os dois mandatos de Lula, demarcatórios na história de nosso país,o Estado brasileiro não foi mexido na sua essência. O 1º mandato foi de grande pragmatismo, onde a habilidade de Lula suplantou o protagonismo do Partido e garantiu, para um governo de composição, uma direção, ainda que com limites, transformadora da política. A política de partilhar espaços do Estado com aliados políticos de primeira e última hora de certa forma já vinha de experiências de governos municipais e estaduais mas ali atingiu a sua quinta essência. No 2º mandato, ao invés de o PT recuperar o protagonismo, diluiu-se mais um pouco, disputando miríades de cargos em todos os escalões da máquina pública.
    Quanto à Dilma, ela é um quadro político da esquerda. Seu ingresso no PT, honroso para nós, não foi uma decisão fácil para ela, militante socialista do PDT e sua fundadora.
    O PDT estava no governo da Frente Popular(PT, PDT, PSB, PC, PC do B) no RS. Veio conosco no 2º turno. No 1º turno sua candidata tinha sido a ex-senadora Emilia Fernandes. A relação do Brizola com o PT e com nosso governo nunca foi tranqüila. Tive de contornar demandas descabidas para criar secretarias para abrigar pessoas de sua indicação. Lembro o quanto lutamos pela anistia e volta dos exilados ainda durante a ditadura. Ocorre que em 1979, quando Brizola voltava do exílio, nós, os bancários de Porto Alegre – eu era presidente do sindicato da categoria – estávamos em greve. Caiu a repressão sobre nós com intervenção no sindicato e prisão de lideranças. Brizola permaneceu em São Borja no aguardo de que, com a prisão dos dirigentes, a greve acabasse. Veio até Carazinho, mas como a greve, apesar da repressão, não terminara, voltou para São Borja. A categoria tinha a expectativa que ele, pelo menos, desse uma declaração contra a repressão ao movimento. Não se manifestou.
    Quando do governo da Frente Popular, em decorrência de o PT e PDT terem candidaturas opostas à Prefeitura de POA(nosso candidato, eleito, foi o Tarso Genro), Brizola, como presidente nacional do PDT, fez pressão para que trocássemos os secretários pedetistas ligados ao “trabalhismo social”: Dilma, Sereno, Pedro Ruas e Milton Zuanazzi, caso contrário o PDT deixaria o governo. Não concordamos. Eles foram mantidos nos cargos e com plena liberdade para se decidirem sobre sua vinculação partidária. Todos eles travaram uma discussão intensa nas instâncias do PDT e deliberaram desfiliarem-se e, posteriormente, após nova discussão interna, desta vez nas instâncias do PT, filiarem-se ao nosso partido. A Dilma, à época em que reabrimos a negociação sobre os subsídios, favores tributários e renúncia fiscal para a Ford, estava ainda no PDT e, como Secretária de Minas e Energia do nosso governo, participou da construção da decisão que, séria, responsável e republicanamente tomamos. Sua postura determinada nessas e em outras circunstâncias teem o nosso reconhecimento, respeito e admiração.
    Ela tem clareza sobre como funciona o Estado e como deveria funcionar, sob controle público, para ser justo, desenvolvido e democrático mas, a composição do governo é um limitador e ela não vai poder alterar as estruturas arcaicas e injustas do Estado brasileiro, coisa que o próprio Lula, com toda sua historia vinculada às lutas sociais da s últimas décadas, não conseguiu fazer. Para mexer nisso, tem que ser debaixo para cima!
    Então aí está o papel do partido que não pode se acomodar. Nós, os petistas, nos vangloriamos de feitos em prefeituras, governos estaduais e federal. Mas, criamos mais consciência no povo para que se assuma como sujeito e não objeto da política?
    Nas eleições fala-se em “obras” e não se discute a estrutura do Estado, como e quem exerce o poder na sociedade e no estado brasileiros, os impostos regressivos para os ricos e progressivos para os pobres, as isenções, os favores tributários, a enorme renúncia fiscal. Tem prefeitura do PT que privatiza a água, aceitando o jogo do capital privado e a redução do papel do estado numa questão estratégica como essa.
    O PT não se esgotou no seu projeto estratégico,mas corre o risco de se tornar mais um partido no jogo de cena em que as elites decidem o quinhão dos de baixo preservando os privilégios dos de cima. Nosso partido tem de desbloquear a discussão de questões estruturais do estado e da sociedade brasileira da disputa imediata por cargos. Essa discussão deve ser feita não apenas internamente mas com o povo brasileiro.
    Realizar Seminários onde se discuta até mesmo o papel e o estatuto das correntes internas. Seminários com os lutadores sociais para discutir como um o partido com nossa origem e compromisso pode governar transformadoramente sem se apequenar no pragmatismo político.
    A lógica predominante, diante das eleições do ano que vem, é de governarmos mais cidades, mas qual a cidade que queremos? A imposta pela indústria automobilística, desde os tempos de JK, com ferrovias privatizadas e sucateadas e o rodoviarismo exigindo que o espaço urbano se esgarce e se desumanize para dar espaço para o automóvel particular? Onde as multinacionais se instalam com as maiores vantagens do mundo e as cidades viram garagens para carros, onde túneis, viadutos e passarelas, cuja capacidade se esgota em menos de 10 anos, tecem teias de concreto que mais aprisionam do que libertam o ser humano?
    O PT deve refletir sobre suas experiências de governar as cidades . São muitas e nenhuma definitiva. O Orçamento Participativo não foi radicalizado ao ponto de ser apropriado pela cidadania como ferramenta sua para controle não só de receitas e despesas, verbas para obras e serviços, no curto prazo,mas sobre a renda da cidade, sua geração e o papel do governo na sua emulação e correta distribuição social, cultural, espacial, econômica e política. O Orçamento Participativo tem que ser pensado não como uma justificativa para a distribuição compartilhada de poucos recursos mas como gerador de cidadania capaz de, num processo de radicalidade democrática crescente, encontrar formas de erradicar o contraste miséria/riqueza do panorama de nossas cidades.
    A crise econômica mundial está longe de ser debelada e os países ricos teem enorme capacidade de “socializar” o pagamento dela com os países pobres. No chamado Estado de Direito Democrático o ato de governar é resultado de uma ação articulada e interdependente entre os Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário. Ocorre que na sociedade capitalista o Poder Econômico, que não está definido na Constituição, é tão poderoso e influente quanto todos aqueles juntos. Portanto, a confusão entre governo e esse poder “invisível” privatiza o Estado e é caldo de cultura para a corrupção.
    Como presidente de honra do PT-RS tenho cumprido agenda partidária, fazendo roteiros, visitando cidades, participando de atos de filiações, ouvindo as lideranças de base e discutindo o PT. Sinto-me provocado positivamente com esta tarefa.
    Mas na estrutura que existe hoje o Partido é cada vez mais dependente, inclusive financeiramente, dos cargos executivos e mandatos legislativos que vem conquistando. É difícil, pois, uma guinada, sem que haja pressão debaixo para cima sobre as direções , correntes, cargos e mandatos. Assim como está o PT vai crescer “inchando”, acomodando interesses. A inquietação na base quanto à isso ainda é pequena mas é sinalizadora de que a luta para que o PT seja um partido da transformação e não da acomodação vale a pena.
    (*) titulo criado a partir das afirmações do presidente de Honra do PT/RS
    Pescado do Blog Aldeia Gaulesa

    quarta-feira, 14 de março de 2012

    O 13 CONVIDA - sucesso total

    No dia 13 de março de 2012 o Partido dos Trabalhadores de Porto Belo realizou mais um evento de mobilização de seus militantes. Ao som dos companheiros Osmar Costa Moreira, Maninho e Roberto Amaro, saboreamos o jantar preparado pelo amigo Edemir, que já havia revelado seu talento para a culinária na macarronada de agosto e na peixada de dezembro, no ano passado.
    Continuando a luta para construir um modo diferente de tratar a política, com seriedade, responsabilidade e, principalmente, com tranparência, reunimos mais de cem pessoas, incluindo aí companheiros de partidos aliados. Temos a certeza de que esta forma de encarar a política, as eleições e a administração pública está cativando a população de Porto Belo. Aos poucos nosso partido vai consolidando apoios e crescendo, construindo assim a possibilidade concreta de governar nossa cidade e de eleger legisladores comprometidos com este projeto. Aguardem para breve mais fotos e a divulgação das próximas atividades

    sábado, 10 de março de 2012

    Por que as bicicletadas são subversivas

    Massa Crítica defende uso da bicicleta em percurso na Capital Jean Schwarz/Agencia RBS

    Por Chris Carlsson, no Vá de bici

    Para participar de uma Massa Crítica*, você – se tiver uma bicicleta – não precisa comprar nada; nem objeto, nem serviço, nem ideologia; você não precisa nada a não ser o desejo de tomar parte na vida pública, sobre duas rodas. Quando centenas ou milhares de ciclistas tomam as ruas tal qual convivas utilizando o espaço público de forma celebratória, muitas das expectativas e regras do capitalismo moderno são desafiadas. Comportamentos individuais escapam à lógica do comprar e vender, ainda que apenas por algumas horas. Uma vez nas ruas, conexões inesperadas emergem, coisas não planejadas acontecem, relacionamentos bacanas iniciam por acaso. Diferentemente de uma ida ao shopping ou ao mercado, as conversas estão livres do jugo da lógica das transações, dos preços, das  medidas. É um intercâmbio livre, entre pessoas livres. A experiência altera nossa percepção do viver citadino imediatamente e, mais importante que isso, mexe com nosso imaginário coletivo de maneiras que estamos recém começando a aprender.
    Ciclistas em uma Massa Crítica estão entre os praticantes mais visíveis de um novo tipo de conflito social. A “deserção ativa” expressa no ato de pedalar, corrói o sistema de exploração social organizado através da indústria petrolífera e da posse de automóvel particular. Ao pedalar em centros urbanos do Império, nós nos juntamos a um crescente movimento mundial que está repudiando os modelos econômicos e sociais controlados pelo capital multinacional e impostos a nós sem qualquer forma de consentimento democrático. A tomada das ruas, em massa, por um enxame de ciclistas “sem líderes” é exatamente o tipo de lógica de entrelaçamentos sociais auto-dirigida que está transformando nossas vidas, do ponto de vista econômico, e ameaçando a estrutura de governo, de negócios, bem como a estrutura policial e bélica (algo que os estrategistas militares mais imaginativos estão começando a entender).
    A Massa Crítica tem uma nova prima na cidade: a San Francisco Bike Party [Festa da Bicicleta de São Francisco, doravante abreviada SFBP]. Esse caráter festivo sempre esteve presente na Massa Crítica; mas o modelo Festa da Bicicleta, tal como foi desenvolvido em San Jose e outras cidades, tem como ponto de partida uma equipe de organizadores (e monitores) voluntários que conduz a diversão. A primeira SFBP aconteceu em uma gélida noite de 7 de janeiro de 2011, e atraiu 1000 ciclistas, apesar do frio intenso. Foi muito parecido com a Massa Crítica, em alguns aspectos: eu curti muitas conversas com pessoas que estavam perto durante a pedalada, havia música, e vibrações amigáveis dos ciclistas bem como dos passantes. Éramos dúzias e centenas de ciclistas preenchendo as ruas no lugar de automóveis, exatamente como sonhávamos durante os primeiros meses da Massa Crítica, lá em 1992.

    *Massa Crítica é um movimento a favor das bicicletas no trânsito.

    quarta-feira, 7 de março de 2012

    O Treze Convida





    O Partido dos Trabalhadores de Porto Belo convida para um encontro dia 13 de março.
    Local: restaurante Quilanda Sabores da Terra
    Próximo à rótula Baron, no Perequê
    Convites R$12
    Cardápio Polenta com Galinha e acompanhamentos
    Contatos pelo telefone 99197488

    Dia Internacional da Mulher

    sábado, 3 de março de 2012

    8 de Março - Data surgiu de movimento de mulheres socialistas

    ::

    Mulher-passeata

    Por Cecília Luedemann*, na Caros Amigos

    “O dia das operárias, 8 de março, foi uma data memorável na história. Nesse dia, as mulheres russas levantaram a tocha da revolução”, afirmou Alexandra Kollontai sobre a história do Dia Internacional da Mulher.
    A memória do 8 de março, Dia Internacional da Mulher, é uma memória do fogo. Não daquela lenda de 1857, em que operárias grevistas teriam morrido queimadas, presas em uma fábrica de Nova York. Mas, da gigantesca manifestação das tecelãs grevistas de São Petersburgo, faísca da revolução russa.
    Essa crônica ilustrada convida as leitoras e os leitores para essa viagem à memória do fogo, inspirada na cartilha O dia da mulher nasceu das mulheres socialistas do Núcleo Piratininga de Comunicação e no livro Memória do Fogo de Eduardo Galeano: “Fogo que contemplam os homens/ na noite, na noite profunda.” E aqui vamos em busca do fogo que ilumine a origem do 8 de março e nos retire da noite conservadora que oprime a mulher brasileira.
    Era 23 de fevereiro de 1917, no calendário russo, 8 de março no calendário ocidental. A Rússia vivia uma grave crise econômica e política sob domínio da monarquia czarista. O povo sofria com a fome, agravada com a entrada da Rússia na Primeira Guerra Mundial (1914-1918) e levando milhões de soldados à morte. As tecelãs e costureiras de Petrogrado, em greve, organizaram uma grande manifestação pela paz e contra a fome. Nossas irmãs russas tomam as ruas gritando: “Pão e paz!”.

    Leon Trotski descreve, no livro A revolução de outubro, o dia em que as trabalhadoras russas assumiram a vanguarda do movimento e derrubaram o czar Nicolau II:
    “O 23 de fevereiro era o Dia Nacional das Mulheres”. Programava-se, nos círculos da socialdemocracia, de mostrar o seu significado com os meios tradicionais: reuniões, discursos, boletins. Na véspera, ninguém teria imaginado que este Dia das Mulheres pudesse ter inaugurado a revolução. Nenhuma organização planejava alguma greve para aquele dia. Ainda por cima, uma das combativas organizações bolcheviques, o Comitê dos tecelões de rayon, formado essencialmente por operários, desaconselhava qualquer greve. O estado de espírito da massa, segundo Kaiurov, um dos chefes operários deste setor, era muito tenso e cada greve ameaçava tornar-se um confronto aberto. O Comitê julgava que o momento de começar hostilidades ainda não tinha chegado e que o Partido ainda não tinha forças suficientes e, ao mesmo tempo, a união entre soldados e operários ainda era insuficiente. Por isso tinha decidido não chamar para greve, mas para se preparar para a ação revolucionária, num futuro ainda não definido. Esta era a linha de conduta preconizada pelo Comitê, na véspera do dia 23, e parecia que todos a tivessem aceitado. Mas, na manhã seguinte, contra todas as orientações, as operárias têxteis abandonaram o trabalho em várias fábricas e enviaram delegadas aos metalúrgicos para pedir-lhes que apoiassem a greve. Foi a contragosto, escreve Kaiurov, que os bolcheviques, seguidos pelos operários mencheviques e pelos socialistas de esquerda se juntaram à marcha. Como se tratava de uma greve de massa, era necessário comprometer todo mundo para sair às ruas e estar à frente do movimento. Esta foi a resolução proposta por Kaiurov e o Comitê de Vyborov se sentiu forçado a aprová-la. Pelos fatos, é então certo que a Revolução de Fevereiro foi iniciada por elementos da base que passaram por cima da oposição das suas organizações revolucionárias, e que a iniciativa foi tomada espontaneamente por um contingente do proletariado explorado e oprimido mais que todos os outros, as operárias têxteis. (...) O empurrão final veio das enormes filas de espera em frente às padarias”.
    As trabalhadoras chamaram os companheiros para a greve geral. O povo ocupou as padarias e distribuiu pães aos famintos. Os cossacos foram impedidos de reprimir a manifestação pelas mulheres. Elas lembravam: São irmãos e filhos do povo russo ! E se não lutassem contra o czar, morreriam nas mãos dos exércitos inimigos nos campos de batalha ou de fome junto ao seu povo.
    Vitoriosas, as trabalhadoras russas foram a faísca da revolução soviética. Em outubro de 1917, Alexandra Kollontai assume o Comissariado (Ministério) do Bem Estar Social, legalizando as bandeiras das mulheres trabalhadoras: direito ao voto, igualdade salarial, direito à educação, segurança na maternidade, divisão da responsabilidade dos filhos, creches, direito ao divórcio e ao aborto.
    Embora o Dia da Mulher já tivesse sido criado em 1908, nos Estados Unidos, a proposta do Dia Internacional da Mulher Socialista só foi realizada em 1910, na 2ª Conferência Internacional da Mulher Socialista, por Clara Zetkin (1857-1933) e Rosa Luxemburgo (1871-1919). Em 1911, a primeira comemoração foi realizada em diferentes datas em vários países do mundo.
    Alexandra Kollontai propôs, na Conferência das Mulheres Comunistas, a unificação da data do Dia Internacional das Mulheres para o dia 8 de março (23 de fevereiro no calendário russo), em homenagem à greve das tecelãs russas. O dia internacional da mulher em 8 de março nasceu como dia das mulheres que lutaram pelo fim da opressão da monarquia czarista e seguiram em frente, contra o capitalismo e a construção do socialismo.
    Conhecer a verdadeira origem do 8 de março é muito importante, pois ao contrário da lenda de operárias aprisionadas e mortas queimadas, sua história marca nosso caminho de luta e vitória. Mesmo sob a opressão do czar, as mulheres mais exploradas não se acovardaram e nem se deixaram influenciar pelos companheiros mais céticos. É preciso lutar sempre. Com esse fogo que nos queima, façamos uma tocha.
    Nunca haverá um momento favorável. Sempre dirão que somos loucas, radicais, incompreesíveis, que nossa bandeira contra a exploração não será levantada pelo povo. Também sempre dirão que nossas palavras não penetrarão o coração do povo. Não é verdade. Foram as mulheres mais exploradas que compreenderam as palavras: “Pão e paz”. E foram elas que levantaram alto a bandeira do Dia Internacional da Mulher Socialista, contra todas as violências, humilhações e explorações.
    Ser feminista e ser socialista é antes de tudo um orgulho e, por isso, não se pode esconder a origem do nosso dia de luta. Não se pode apagar a luz do 8 de março, porque é a memória do fogo. Como no canto do fogo do povo banto: “Escute a minha voz: um homem te invoca sem medo.” Nós dizemos ao fogo: “Escute a nossa voz: as mulheres te invocam sem medo.” Não mais o fogo das fogueiras, onde nós morremos amaldiçoadas pelo ódio dos poderosos e fanáticos religiosos. Mas, o fogo que destrói os tabus, os preconceitos, por um mundo novo e livre. O fogo que iluminou o direito ao voto e, agora avança na conquista de direitos como a proibição da violência à mulher e a luta pela igualdade salarial.

    *Cecília Leudemann é jornalista
    Fonte: Caros Amigos

    quinta-feira, 1 de março de 2012

    O 'desenvolvimentismo de esquerda' José Luís Fiori

    DEBATE ABERTO

    O 'desenvolvimentismo de esquerda'

    Neste início do século XXI, parece que o “desenvolvimentismo de esquerda” estreitou tanto o seu “horizonte utópico”, que acabou se transformando numa ideologia tecnocrática, sem mais nenhuma capacidade de mobilização social. Como se a esquerda tivesse aprendido a navegar, mas ao mesmo tempo tivesse perdido a sua própria bússola.

    No Brasil, a relação entre a esquerda e o desenvolvimentismo nunca foi simples nem linear. Sobretudo, depois do golpe militar de 1937, e do Estado Novo de Getulio Vargas, que foi autoritário e anti-comunista, mas foi também responsável pelos primeiros passos do “desenvolvimentismo militar e conservador”, que se manteve dominante, dentro do estado brasileiro, até 1985. Neste contexto, não é de estranhar que a esquerda em geral, e os comunistas em particular, só tenham mudado sua posição crítica com relação ao desenvolvimentismo, depois da morte de Vargas.

    Não é fácil classificar idéias e hierarquizar instituições. Mas mesmo assim, é possível identificar pelo menos três instituições que tiveram um papel central, nos anos 50, na formulação das principais idéias e teses do chamado “desenvolvimentismo de esquerda”.

    Em primeiro lugar, o Partido Comunista Brasileiro (PCB), que apoiou a eleição de JK, em 1955, mas só no seu V Congresso de 1958, conseguiu abandonar oficialmente a sua estratégia revolucionária, e assumir uma nova estratégia democrática de aliança de classes, a favor da “revolução burguesa” e da industrialização brasileira, que passam a ser classificadas como condição prévia e indispensável de uma futura revolução socialista.

    Em segundo lugar, o Instituto Superior de Estudos Brasileiros (ISEB), que foi criado em 1955, pelo Governo Café Filho, e que reuniu um numero expressivo e heterogêneo de intelectuais de esquerda que foram capazes de liderar uma ampla mobilização da intelectualidade, da juventude, e de amplos setores profissionais e tecnocráticos, em torno do seu projeto nacional- desenvolvimentista, para o Brasil.

    Por fim, desde 1949, a Comissão Econômica para a América Latina (CEPAL), produziu idéias, informações e projetos que influenciaram decisivamente o pensamento da esquerda desenvolvimentista brasileira. Mas apesar de sua importância para a esquerda, a CEPAL nunca foi uma instituição de esquerda.

    Do ponto de vista político prático, no início da década de 60, a “esquerda desenvolvimentista” ocupou um lugar importante na luta pelas “reformas de base”, mas, ao mesmo tempo, se dividiu inteiramente, na discussão pública do Plano Trienal proposto pelo Ministro Celso Furtado, em 1963. Mas logo depois do golpe militar de 1964, a esquerda e o desenvolvimentismo voltaram a se divorciar, e sua distância aumentou depois que o regime militar retomou e aprofundou a estratégia desenvolvimentista do Estado Novo. Três dias depois do golpe, o ISEB foi fechado; o PCB voltou à ilegalidade e a própria CEPAL fez uma profunda auto-crítica de suas antigas teses desenvolvimentistas.

    Mesmo assim, apesar destas condições políticas e intelectuais adversas, formou-se na Universidade de Campinas, no final dos anos 60, um centro de estudos econômicos que foi capaz de renovar as idéias e as interpretações clássicas – marxistas e nacionalistas -do desenvolvimento capitalista brasileiro.

    A “escola campineira” partiu da crítica da economia política da CEPAL, e de uma releitura da teoria marxista da revolução burguesa, para postular a existência de várias trajetórias possíveis de desenvolvimento para um mesmo capitalismo nacional. Por isso, a escola campineira fez sua própria leitura e reinterpretação do caminho específico e tardio do capitalismo brasileiro e dos seus ciclos econômicos E, se posicionou favoravelmente à uma política desenvolvimentista capaz de levar a cabo os processos inacabados de centralização financeira e industrialização pesada, da economia brasileira.

    Hoje, parece claro que a “época de ouro” da Escola de Campinas foi da década de 70, até a sua participação decisiva na formulação do Plano Cruzado, que fracassa em 1987. É verdade que logo depois do Cruzado, e durante a década de 90, a crise socialista e a avalanche neoliberal arquivaram todo e qualquer tipo de debate desenvolvimentista, independente do que passou em Campinas. Mas parece claro que a própria escola recuou, neste período. E dedicou-se cada vez mais ao estudo de políticas setoriais e específicas, e para a à formação cada vez mais rigorosa de economistas heterodoxos, e de quadros de governo.

    Seja como for, a verdade é que – com raras exceções - depois do Plano Cruzado, a “escola campineira” perdeu sua capacidade de criação e inovação dos anos 70, e a maioria de suas idéias e intuições originárias acabaram se transformando em fórmulas escolásticas. Por isto, não é de estranhar que neste início do século XXI, quando o desenvolvimentismo e a escola campineira voltaram a ocupar um lugar de destaque no debate nacional, a sensação que fica da sua leitura, é que o “desenvolvimentismo de esquerda” estreitou tanto o seu “horizonte utópico”, que acabou se transformando numa ideologia tecnocrática, sem mais nenhuma capacidade de mobilização social. Como se a esquerda tivesse aprendido a navegar, mas ao mesmo tempo tivesse perdido a sua própria bússola.

    José Luís Fiori, cientista político, é professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro.