09/12/2011 13h16 - Atualizado em 09/12/2011 13h25
Dilma condecora 20 pessoas por atuação em prol de direitos humanos
Juíza Patricia Acioli, assassinada no Rio, foi homenageada.
Entre os premiados estão ainda ministro do STF e doméstica.
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A presidente da República, Dilma Rousseff, participou nesta sexta-feira (9) da entrega do Prêmio Direitos Humanos 2011, que homenageou 20 pessoas, entre elas a juíza morta Patrícia Acioli na categoria “Enfrentamento à violência".
A presidente entregou em mãos o troféu as premiados da 17ª edição do Prêmio Direitos Humanos. Essa é considerada a mais alta condecoração do governo brasileiro a pessoas e entidades que se destacaram no combate às violações dos direitos humanos, entre elas a juíza Patrícia Acioli.
A filha e a irmã da juíza Patrícia a representaram na cerimonia e receberam o prêmio. Patrícia Acioli foi morta no dia 11 de agosto, com 21 tiros, quando chegava à sua casa, em Niterói, na Região Metropolitana do Rio de Janeiro. A juíza tinha um histórico de condenações contra criminosos que atuavam em São Gonçalo.
A filha de Patrícia, Ana Clara Acioli, disse que a homenagem é um “reconhecimento do trabalho” que juíza prestou. “Muitas pessoas deixaram de perder suas vidas e continuam vivendo graças a ela”.
Na categoria “Garantia dos Direitos da População de LGBT”, o vencedor foi o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Carlos Ayres Britto. Ele foi o relator do processo que reconheceu a união estável entre casais do mesmo sexo. Na prática, as regras que valem para relações estáveis entre homens e mulheres passaram a ser aplicadas aos casais gays.
Creuza Maria discursou em nome de todos os premiados e provocou vários aplausos e risadas, inclusive da presidente Dilma. A empregada doméstica disse que “a luta pelos direitos humanos não deve nunca cansar”.
“Estamos buscando as politicas públicas de combate a violência, da intolerância religiosa, da homofobia, contra nossas crianças e adolescente, do trabalho escravo e a intolerância que as mulheres sofrem todos dias nos meios de comunicação, seja nas musicas, nas novelas ou na brincadeira no ambiente de trabalho”.
Em seu discurso, Dilma destacou o combate ao preconceito como “fundamental” para a garantia plena dos direitos humanos. Ela lembrou que o país era escravista há pouco anos, o que torna “complicada” a defesa desses direitos.
“Somos um país que tem uma trajetória complicada na questão dos direitos humanos. Somos um país que até 120 poucos anos atrás era escravista e ninguém vive a escravidão sem sequelas danosas”.
Dilma destacou que o programa Brasil sem Miséria “é a afirmação de que não há a possibilidade de esse país ser uma nação para 190 milhões de brasileiros”.
“Hoje temos a clareza de que o Brasil percorreu outro caminho, que não é possível um país de 190 milhões de habitantes crescer só para alguns e os outros nós considerarmos excluídos porque são diferentes.”
A presidente entregou em mãos o troféu as premiados da 17ª edição do Prêmio Direitos Humanos. Essa é considerada a mais alta condecoração do governo brasileiro a pessoas e entidades que se destacaram no combate às violações dos direitos humanos, entre elas a juíza Patrícia Acioli.
A filha e a irmã da juíza Patrícia a representaram na cerimonia e receberam o prêmio. Patrícia Acioli foi morta no dia 11 de agosto, com 21 tiros, quando chegava à sua casa, em Niterói, na Região Metropolitana do Rio de Janeiro. A juíza tinha um histórico de condenações contra criminosos que atuavam em São Gonçalo.
A filha de Patrícia, Ana Clara Acioli, disse que a homenagem é um “reconhecimento do trabalho” que juíza prestou. “Muitas pessoas deixaram de perder suas vidas e continuam vivendo graças a ela”.
Na categoria “Garantia dos Direitos da População de LGBT”, o vencedor foi o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Carlos Ayres Britto. Ele foi o relator do processo que reconheceu a união estável entre casais do mesmo sexo. Na prática, as regras que valem para relações estáveis entre homens e mulheres passaram a ser aplicadas aos casais gays.
A presidente Dilma Rousseff entrega o Prêmio Direitos Humanos 2011, no Palácio do Planalto, para a doméstica Creuza Maria Oliveira (Foto: Roberto Stuckert Filho / Presidência)
A empregada doméstica Creuza Maria Oliveira foi a vencedora da categoria "Igualdade Racial". Ela começou a trabalhar aos dez anos no sertão da Bahia em troca de comida e roupas usadas. Atualmente é presidente da Federação Nacional das Trabalhadoras Domésticas, além de ser membro do Conselho Nacional da Promoção da Igualdade.Creuza Maria discursou em nome de todos os premiados e provocou vários aplausos e risadas, inclusive da presidente Dilma. A empregada doméstica disse que “a luta pelos direitos humanos não deve nunca cansar”.
“Estamos buscando as politicas públicas de combate a violência, da intolerância religiosa, da homofobia, contra nossas crianças e adolescente, do trabalho escravo e a intolerância que as mulheres sofrem todos dias nos meios de comunicação, seja nas musicas, nas novelas ou na brincadeira no ambiente de trabalho”.
Em seu discurso, Dilma destacou o combate ao preconceito como “fundamental” para a garantia plena dos direitos humanos. Ela lembrou que o país era escravista há pouco anos, o que torna “complicada” a defesa desses direitos.
“Somos um país que tem uma trajetória complicada na questão dos direitos humanos. Somos um país que até 120 poucos anos atrás era escravista e ninguém vive a escravidão sem sequelas danosas”.
Dilma destacou que o programa Brasil sem Miséria “é a afirmação de que não há a possibilidade de esse país ser uma nação para 190 milhões de brasileiros”.
“Hoje temos a clareza de que o Brasil percorreu outro caminho, que não é possível um país de 190 milhões de habitantes crescer só para alguns e os outros nós considerarmos excluídos porque são diferentes.”
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