terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Carta Maior

Deputados aprovam acordo que amplia poder do Brasil no FMI

Brasil obtém mais 0,5% das cotas, chega a 2,31%, passa Holanda, Bélgica, Canadá e Arábia Saudita e se torna o 10º maior acionista do Fundo Monetário Internacional (FMI). Acordo global fechado há um ano também muda escolha dos 24 diretores - não haverá mais indicação por países ricos, todos serão eleitos. Texto vai ao Senado. Compromisso é aprovar até outubro.

BRASÍLIA – Os deputados aprovaram nesta terça-feira (6) a participação do Brasil em um acordo global feito um ano atrás no Fundo Monetário Internacional (FMI) que aumenta o número de cotas que o país tem dentro da instituição. Por este acordo, o Brasil injeta US$ 10 bilhões, compra mais 0,5% cotas (chega a 2,31%) e sobe de 14º para 10º maior acionista do Fundo. Na prática, ganha poder.

Nesta redistribuição de poder no FMI, o Brasil ultrapassa Holanda, Bélgica, Canadá e Arábia Saudita. Os dois países mais poderosos no organismo continuam sendo Estados Unidos e Japão, mas a China assume a terceira posição deixando para trás Alemanha, França e Reino Unido. Os BRICS Rússia e Índia também ampliam seu espaço no FMI.

Pelo acordo global, o FMI vai dobrar de US$ 338 bilhões para US$ 776 bilhões o tamanho de seu patrimônio. Todos os 187 países membros comprometeram-se a aprovar este acordo em seus parlamentos até outubro de 2012. No caso do Brasil, ainda é preciso que passe pelo Senado.

A reforma da estrutura interna do FMI também prevê mudança na forma de escolha dos 24 diretores. Hoje, cinco são indicados por Estados Unidos, Japão, Alemanha, Reino Unido e França, atualmente os maiores cotistas. Os outros 19 são eleitos pelos outros 182 países para mandato de dois anos. Com a reforma, todos terão de ser eleitos.

Segundo o governo, estas modificações interessam ao Brasil porque ajuda o país e obter mais poder dentro do FMI.

Nenhum comentário:

Postar um comentário